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Saia Já de sua caverna! Que fazes ai?

segunda-feira, 29 de julho de 2013.

Que fazes aqui?

Como sabemos, a vida humana parece acontecer no meio de uma guerra. O existir de cada um de nós é extremamente ambíguo, e porque não dizer, às vezes até contraditório.
Há dias em que estamos efervescendo de alegria; há outros, porém, em que nos liquefazemos de tristeza. Há dias em que somos cidadãos da esperança; há dias em que habitamos as regiões mais escuras da desilusão, da incerteza e da incredulidade.
Há dias em que somos campeões da fé; há dias em que já estamos derrotados, abatidos e vencidos antes mesmo do início da batalha. Há dias em que amanhecemos com um canto de louvor e exultação nos lábios; há dias que anoitecemos com a boca cheia de lamúrias e murmurações.
Há dias de luz; há dias de trevas. Há dia para tudo debaixo do sol, e nenhum de nós passa a vida inteira sem se chocar com essas contradições, com essa dialética da existência… com o sim, com o não… com o que é… com o que quero… com o que não posso. Todos nós (mais cedo ou mais tarde) nos chocamos com isso! Todos nós estamos sujeitos a essa ambigüidade da vida.
Todavia, essa ambigüidade muitas vezes se instala em nós e dependendo do momento:

- Ou se cria em nosso interior um fruto amargoso, uma alma azeda, revoltada, rebelde…
- Ou nos faz perder a fé na vida, nos faz arriar da esperança, nos faz entregar os pontos diante dos desafios.

Narração: Eu digo isso, queridos – porque o texto lido nesta hora nos fala de Elias.

Elias era um dos grandes expoentes do povo de Deus no Velho Testamento e talvez seja o maior profeta no tempo da monarquia em Israel.

Em Mateus 17, quando Jesus revelou-se a Pedro, Tiago e João, apareceram dois personagens ao lado do Senhor: Moisés e Elias.
Elias era este sujeito tremendo, por meio de quem Deus fez coisas extraordinárias e impactou toda uma nação e toda uma geração. Ao mesmo tempo, Elias era capaz de enfrentar 450 profetas de Baal, e no instante seguinte, ao invés de comemorar a maior vitória da obra profética em Israel – ele entra em uma caverna, deprimido, se encaverna, se enclausura se abate e pede para si a morte.
Quantos de nós vivemos experiências deste porte em nossas vidas? Tempos de grandes vitórias e situações de intenso abatimento, exaustão, fadiga, cansaço e depressão?
Nesta dialética da vida, nesta ambigüidade da jornada – Elias havia se tornado um soldado fora do posto. Por duas vezes no texto, versos 9 e 13 Deus indaga de seu servo: “Que fazes aqui, Elias?”
Conta-se que Martinho Lutero, após o início da reforma protestante, com a fixação das 95 teses na igreja de Wittember. Conta-se que a contra-reforma estava vivendo dias de grande furor. Gente sendo perseguida, morta nas fogueiras… e muitos companheiros de Lutero sucumbiam diante do martírio. Notícias e mais notícias de mortes atrozes chegavam a este grande reformador que abatido, cansado, exaurido, prostrado. Ele entra em seu quarto e ali permanece sem comer, sem sair por uma semana inteira. Conta-se que ao final desta semana, uma jovem vestida de preto bateu a porta de seu quarto, e Lutero ao atender, abatido, desfigurado… Ele logo indaga, ao vê-la de preto: Quem morreu desta vez? E a jovem dispara com convicção: Deus morreu! Lutero então passa a condená-la… que loucura é essa! Deixe de blasfemar! Deus não morreu!

E a jovem docemente então lhe indaga: Se Deus não morreu, que fazes tu ai neste quarto, abatido e prostrado? Se Deus não morreu, saia e lute como um soldado em seu posto!
Lutero havia se tornado um soldado fora do posto. Elias havia se tornado um soldado fora do posto. Disse-lhe Deus: “Que fazes aqui, Elias?”

Como Elias tornou-se este soldado fora do posto? O que levou um homem de Deus com um ministério tão tremendo e vitorioso a agir como alguém fora do seu posto?
1. PERDEU A SENSIBILIDADE DA DIREÇÃO DIVINA
I Reis 17.2-3: Disse-lhe Deus: Retira-te daqui para o ribeiro de Querite… ”

I Reis 17.9: “Dispõe-te e vai a Sarepta (terra de Jezabel)…” 
I Reis 18.1: “Apresenta-te ao rei Acabe…” 
I Reis 19.9 e 13: “Que fazes aqui, Elias?”

O ministério de Elias surgiu devido à direção da Palavra de Deus. I Reis 16 – quando da reconstrução da cidade de Jericó, morrem os 2 filhos do construtor, assim como Deus havia previsto nas palavras de Josué (Js 6.26).
A vida, o ministério e o êxito da caminhada de Elias tinha relação direta com a direção de Deus para sua vida. Deus dizia e Elias fazia.
Elias perdeu o referencial. Quando não ouvimos a voz de Deus… quando não escutamos o que Deus tem a nos dizer… Acabamos fatalmente dando ouvidos a outras vozes: Jesabel falou a Elias: “Amanhã farei contigo, o que fizeste aos meus profetas e sacerdotes…” e temendo as palavras de Jezabel (rainha de Israel), Elias fugiu, Elias temeu, Elias se encavernou…
Precisamos dar ouvidos a Deus. Precisamos estar sensíveis as suas orientações. Cuidado com o que você tem ouvido! Cuidado com as vozes que estão lhe direcionando o caminho. êxito, vitória, sucesso só acontecem quando ouvimos a voz do Senhor:
“Tenhas o cuidado de fazer segundo tudo quanto na lei está escrito; então farás prosperar o teu caminho e serás bem-sucedido por onde fores” (Js 1.8)
2. PERDEU A SENSIBILIDADE DO PODER DE DEUS
Salmo 103.1-2: “Bendize, ò minha alma ao Senhor e tudo que há em mim bendiga seu santo nome. Bendize, ò minha alma ao Senhor e não te esqueças de nenhum só de seus benefícios”…
Lamentações 3.21: “Quero trazer a memória o que me pode dar esperança. As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não tem fim; renovam-se a cada manhã”.

Meus queridos!
Quantas coisas Deus havia feito na vida de Elias, através da vida de Elias e a despeito de Elias ? Quantas coisas ?
- Deus preservou Elias dos dias de fome em toda terra!
- Deus o poupou em dias de estiagem e seca
- Deus o sustentou por meio de corvos duas vezes ao dia – com pão e carne.
- Deus o sustentou por meio da farinha e do azeite da viúva em Sarepta
- Deus reviveu o filho da viúva por intermédio de Elias
- Deus respondeu o clamor do profeta com fogo no altar ante 450 sacerdotes de Baal…

Quantas Bênçãos! Elias conta as benção!

Nosso hinário traz um hino que reafirma em seu coro tal atitude:
“Conta as benção dize quantas são
Recebidas da divina mão
Vêm dizê-las, todas de uma vez
E verás surpreso quanto Deus já fez”

Ah queridos!

Quando perdemos a sensibilidade do poder de Deus,
passamos a ser guiados pelos temores…
Somos guiados pelas circunstâncias…
Somos dirigidos pelos medos e receios que a vida nos impõem…

Lucas 24.13-35, Dois discípulos desciam caminho de Emaús. Jesus pôs a andar com eles e não fora por eles percebido. Ao descambar o dia, eles entram na aldeia e imploram ao viajante: “Fica conosco, a estrada é perigosa, há assaltantes pelo caminho… já se fazia tarde!”
3. PERDEU A SENSIBILIDADE DA PROVIDÊNCIA DIVINA
O texto nos diz que Elias se escondeu em uma caverna.

Deus não largou Elias para lá. Deus foi ao encontro de seu servo. Elias estava prostrado, Elias estava exaurido, desencorajado, assustado e temeroso. Deus vai ao seu encontro para revigorá-lo.

A desculpa de Elias para se justificar escondido na caverna foi que ele estava sendo zeloso em preservar o remanescente fiel do povo do Senhor. Dizia Elias a Deus: “Só eu escapei”.
Como se não bastasse uma afirmação dessas, ele a referenda novamente no verso 13. Quando perdemos a sensibilidade da Providência de Deus, vivemos sob o governo do EU. Eu escapei, eu fiz isso acontecer, eu fiquei só, eu tenho sido extremamente zeloso para com a obra do Senhor… Há uma exacerbação do valor do Eu em detrimento da graça, do sustento e da providência divina.
Deus rebate a Elias esta visão míope das coisas dizendo: “EU, o Senhor, conservei em Israel 7 mil joelhos que não se dobraram a Baal”.
* No livro de Ester, um livro que não cita Deus em nenhum momento… Neste livro podemos perceber a providência divina, mesmo quando seu nome é obrigatoriamente proibido de ser usado. Ester 4.14 diz que Mordecai (tio de Ester) conta-lhe tudo o que Hamã havia tramado para matar o povo judeu. Assim diz Mordecai a Ester: “Porque se de todo te calares agora, de outra parte se levantará para os judeus socorro e livramento… e quem sabe se para conjuntura como esta é que foste elevada a condição de rainha?”
- Como Deus tratou Elias ? Como Deus restaurou seu grande servo ?

Todavia, meus queridos, o texto não trata apenas de um momento de abatimento de Elias, de como ele chegou a tal situação. O texto nos fala também, de como Deus tratou com Elias, como Deus trata conosco em meio ao nosso abatimento. O Salmo 136.23 diz: “Lembrou-se o Senhor de nós, em nosso abatimento, porque a sua misericórdia dura para sempre”.

1. Deus se fez presente, Deus pôs-se ao lado, Deus não nos abandona!
Deus veio ao encontro de Elias na caverna! Elias estava escondido para Jezabel, estava escondido para os homens, mas nunca o estaria para Deus. O Salmo 139.7 diz: “Para onde me ausentarei do teu Espírito ? Para onde fugirei da tua face ? Se subo aos céus, lá estás; se faço a minha cama no mais profundo abismo, lá estás também; se tomo as asas da alva e me detenho nos confins dos mares… ainda lá me haverá de guiar a tua mão, e a tua destra me susterá”.
Deus não é utilitarista. Usou e jogou fora. Elias foi útil, mas agora não é mais. Paulo desprezou João Marcos e depois disse: “Trazei João Marcos porque agora me é útil”...
Pedro negara Jesus, voltara à pescaria e abandonara os discípulos. Jesus não abandonou a Pedro e mandou dizer-lhe que o veria de novo na Galiléia…
Deus é um Deus que se põe ao lado!
2. Deus levanta companheiros para apoiar o ministério.
Ninguém chega a lugar nenhum sozinho. Há pessoas que se acham independentes de tudo e pensam que conseguirão algo de extraordinário sozinhos. Conseguirão estafa, exaustão, abatimento, depressão.
Deus levantou Eliseu para apoiar Elias no Ministério. Deus levantou outros companheiros que seguiriam na mesma direção que Elias tinha em seu ministério. Deus suscitou pessoas apoiadoras para levantar seu servo.
Eclesiastes 4.9 diz: “Melhor é serem dois do que um…”
Deus levanta companheiros… Não competidores na obra. Esta também era a percepção de Paulo: “Eu plantei, Apolo regou… de maneira que somos cooperadores na obra de Deus”
Escrevendo aos Colossenses 4.10-17, Paulo afirma sobre sua equipe de trabalho:

- Saúda-vos Aristarco, prisioneiro comigo…
- Marcos (primo de Barnabé) e Justo (…) Eles tem sido meu lenitivo.
- Saúda-vos Epafras, que se esforça sobremaneira em orações por vós
- Saúda-vos Lucas, o médico amado…

3. Deus renova o desafio das responsabilidades.
Deus tirou Elias da caverna porque a obra ainda não havia sido concluída. Ainda existia inúmeros desafios para que se fizesse frente. Deus renova na vida e no ministério de Elias algumas sérias responsabilidades.
- No Evangelho de João, o Senhor ressurreto conversa com Pedro e lhe indaga: “Tu me amas ? Apascenta as minhas ovelhas…!”

A responsabilidade dada para o pastoreio, foi a Pedro que caiu. Deus renovou em sua vida a vocação, o chamado e a importância de seu ministério!

Conclusão:

Meu querido, Saia Já de sua caverna! Deus tem muito a fazer !
Não se prostre, Não se enclausure! Não permitas que a exaustão, o cansaço e o desânimo roubem as bênçãos de Deus na sua vida!
Que fazes ai ? Sai da caverna agora, diz o Senhor!

Você pode ter perdido o ânimo diante das adversidades. As ameaças podem ter te levado para o fundo poço emocional…

Deus cuida de ti!
Deus dirige sua vida!
Deus sustenta nossa caminhada por meio de sua providência!
Deus põe gente santa, gente boa ao seu lado para te abençoar!
Deus renova sobre ti nesta hora o chamado, a vocação e a responsabilidade de seu ministério.

Vamos orar!

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quarta-feira, 10 de julho de 2013.
Cristianismo
"Estou pronto a tornar-me cristão, se encontrar cristãos que pratiquem o Sermão da Montanha."
Os leitores talvez se perguntem: Por que apresentar o cristianismo, se é a religião que professamos e vivemos?
A objeção parece lógica. No entanto, se alguém lhe pedisse para apresentar as principais características da sua religião, qual seria sua reação? O que você falaria?
Pensando bem, chegaremos a constatação de que precisamos aprender mais sobre nós mesmos e as coisas mais sublimes que norteiam nossa vida.

Uma religião milenar

Por que sou cristão? O que distingue o cristianismo das demais religiões? Qual é a sua novidade que, em 2000 anos, foi capaz de conquistar a adesão de quase dois bilhões de pessoas? Talvez estas sejam perguntas que nunca nos tenhamos feito com bastante seriedade.
O cristianismo não é simplesmente uma religião entre tantas outras. E a razão disso é evidente: enquanto que, na maioria das religiões, é a pessoa que se esforça para chegar até Deus, no cristianismo a iniciativa é de Deus. Ele se revela à pessoa, vem ao seu encontro e lhe dirige sua Palavra. A pessoa, naturalmente, não fica passiva, mas responde pela fé e pela livre aceitação do dom oferecido.
Origem
O cristianismo surgiu e deu seus primeiros passos na Ásia, berço de outras grandes religiões: confucionismo, islamismo, judaísmo, budismo, hinduísmo...
O cristianismo apresenta-se porém como uma religião diferente: para os cristãos, o próprio Deus se deu a conhecer e chegou a escolher um povo como porta-voz . E não se limitou a isso, Ele mesmo, em Jesus Cristo, veio à terra e viveu uma vida perfeitamente humana. Por fim, aceitou ser condenado e morto para salvar toda a humanidade. Tudo isso Ele fez para reconciliar a humanidade com Deus. 
Foi este o projeto de seu Pai e a razão de sua vinda entre nós.

A época de Jesus

Quando o Templo de Jerusalém foi profanado pelos sírios com a construção de um altar pagão sobre o altar dos holocaustos, aconteceu a revolta dos macabeus, assim como de todos os judeus devotos. Essa guerra religiosa se transformou rapidamente numa série de triunfos. Jerusalém foi retomada e o templo reconsagrado em 165 a.C. Mas, quatro anos mais tarde, um poderoso exército sírio derrotou os macabeus, que apenas se mantiveram como um pequeno grupo rebelde.

Com a tomada de Jerusalém por Pompeu, em 63 a.C., os judeus se tornaram súditos de Roma e Antípatro foi nomeado, por Pompeu, procurador da Judéia. Sucedeu-lhe o filho Herodes o Grande (47 a.C.), que, para conquistar a simpatia do povo, reconstruiu o templo de Jerusalém. Jesus teria nascido durante seu reinado, pois foi nesse período que aconteceu o massacre dos inocentes, em Belém.

Entre o povo judeu havia uma grande esperança: viria um messias que restauraria o reino de Israel. É nesse contexto, numa época de grande fermentação religiosa, que se insere a severa e chocante pregação de João Batista.
À idéia de um Deus único e justo, já enfatizada no antigo testamento, Jesus acrescentou uma revelação pessoal, que não teve o conteúdo que os judeus esperavam - um reino político -, mas o do messias sofredor, que daria a vida pela remissão dos pecados e pela salvação de todos os homens que o aceitassem.

Jesus, Deus feito homem

Com a vinda de Jesus Cristo, Deus feito homem, a humanidade entrou em contato total e radical com a divindade. Nele, divindade e humanidade se encontraram. Esta é a diferença fundamental do cristianismo frente às outras religiões.

Na pessoa de Jesus, Deus se engaja na história humana, de maneira única e definitiva, até assumir o sofrimento e a morte. O cristianismo, portanto, é a própria pessoa concreta de Jesus Cristo. É Ele que dá valor à doutrina e moral cristã. Ser cristão é aceitar sua pessoa!
Jesus de Nazaré não é somente uma grande personalidade religiosa ou um grande profeta.
Ele, de fato, não é apenas o homem em quem Deus se manifestou da forma mais alta possível, ou alguém que, mais que todos os homens, penetrou no mistério de Deus.
Jesus é o próprio Deus feito homem! Por isso, sua Palavra não é apenas a Palavra de um profeta ou místico, mas é a Palavra suprema e definitiva de Deus, a Verdade plena e absoluta. Nele é Deus mesmo quem fala, e o que Ele diz tem valor absoluto e universal, válido para todos os homens de todos os tempos. Sua vida e morte têm eficácia redentora e salvífica para toda a humanidade.

O cristianismo põe sua força na divindade de Cristo. Se Jesus fosse somente homem, o cristianismo desabaria; mas sendo Deus, então é realmente uma religião capaz de atrair multidões.

Para Refletir

1. O que é que mais distingue o cristianismo das outras religiões?

2. Quem é Jesus Cristo para você?

3. Como é que você se relaciona com Ele?

Documentos não-cristãos
Além de escritos cristãos, principalmente a Bíblia, existem documentos históricos não-cristãos que falam da pessoa de Jesus. Eles existem devido à grande preocupação causada pelo crescimento do número de cristãos. Vejamos alguns destes documentos:

Públio Lêntulo, governador da Judéia, (32 d. C.), em carta dirigida ao Senado Romano, faz um retrato de Jesus:

"Enquanto vos escrevo, existe aqui um homem de singular virtude, que se chama Jesus. Os bárbaros o têm em conta de profeta, mas os seguidores o adoram como Filho de deuses imortais:

ressuscita mortos e cura enfermos falando-lhes e tocando-os. É de estatura elevada e bem conformada; de aspecto ingênuo e venerável, caem-lhe os cabelos em anéis até abaixo das orelhas, e espalham-se pelos ombros com uma graça infinita, trazendo-os à moda dos nazarenos.
Tem fronte larga, espaçosa e as faces coloridas de amável rubor. O nariz e a boca, de uma admirável regularidade. A barba, da mesma cor dos cabelos, desce-lhe espessa até ao peito, bipartida à semelhança de forquilha. Os olhos brilhantes, claros e pequenos. Prega com majestade, e suas exortações são cheias de branduras. Fala com muita eloqüência e gravidade.
Muitos o viram chorar não poucos vezes. É, sobretudo, sábio, moderado e modesto: um homem, enfim, que, por suas divinas perfeições, eleva-se acima de todos os filhos dos homens".

Flavio Josefo (37-97 d. C.), nascido em Jerusalém, conheceu a primitiva comunidade cristã e, como pertencente à nobreza sacerdotal judaica, ocupou-se criticamente da nova religião. Eis o que ele escreve de Jesus e de seus seguidores:

"Nessa época viveu Jesus, um homem sábio, se é que se pode dizer que era humano. Ele fez obras maravilhosas. Ele atraiu a si mesmo muitos judeus e pagãos, por eles considerado o Messias. E quando, pelas acusações dos nossos homens de prestígio, Pilatos o condenou à crucificação, Ele apareceu três dias depois de sua morte, de novo vivo. Aqueles que antes o tinham amado, não o abandonaram. Ainda hoje não desapareceu a descendência dos que dele têm o nome de cristãos". (Antigüidades Judaicas, Cap. XVIII 3,3).
Prínio, o moço (112 d. C.) escreveu ao imperador Trajano para saber como devia se comportar acerca dos cristãos. Em sua carta diz:

"É meu costume, meu senhor, referir a ti tudo aquilo acerca do qual tenho dúvidas... Nunca presenciei a julgamento contra os cristãos... Eles admitem que toda sua culpa ou erro consiste no fato de se reunirem num dia marcado antes da alvorada, para cantar hinos a Cristo como a um Deus... Parecia-me um caso sobre o qual consultar, sobretudo pelo número de acusados... De fato, muitos, de toda idade, condição e sexo, são chamados em juízo e o serão. O contágio desta superstição invadiu não somente as cidades, mas também o interior; parece-me que ainda se possa falar alguma coisa para parar e corrigir..." (Carta a Trajano, cap. X, p. 96)


fonte:missão jovem
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